a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z

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A COMPÁS: Cante ou baile que é interpretado seguindo fielmente o ritmo ou cadência do estilo correspondente.
A PALO SECO: Cante interpretado sem o acompanhamento da guitarra, a capella.
ABANDOLAOS: Cantes ou fandangos típicos de Málaga.
AFICIONADO/A: Pessoa entusiasta da arte flamenca. Também denomina o intérprete de qualquer das facetas do flamenco (toque, baile ou cante), que não o exerça como profissional.
AFILLA: Tipo de voz dentro do Cante Flamenco, rouca e rasgada.
AFLAMENCARSE: Fenômeno pelo qual uma estrofe ou canção de qualquer gênero adquire características flamencas.
AL AIRE: Guitarra. Tocar sem cejilla.
ALANTE: (cante de) Cante que se executa para ser ouvido.
ALBOREÁ: Cante Flamenco. Pertence ao grupo dos cantes influenciados pela Soleá. Comum nos casamentos de ritual “gitano”.
ALEGRÍAS: Cante e baila flamencos de compasso misto. Próprio de Cádiz.
ARPEGIADO: Guitarra. Técnica de toque empregada para interpretar acordes com notas consecutivas e não simultâneas. A primeira das cordas se toca com o polegar e as restantes com os demais dedos alternados.
ARRANCARSE: Começar a execução de um cante ou baile.
ATRÁS(cante de): Cante que se executa para ser bailado.

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BAILAOR/A: Artista que baila flamenco.
BAILE: O flamenco é um baile vivo e em constante evolução, mas suas características básicas se cristalizaram entre 1869 e 1929, a chamada idade do ouro do flamenco.
BAMBERA: Cante. Sua copla é de quatro versos octasílabos, ainda que algumas vezes segue um esquema diferente. É um estilo folclórico aflamencado.
BRACEOS: Movimentos do baile flamenco executado com os braços.
BULERÍAS: Cante e baile flamencos de compasso misto e ritmo vivo.

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CABALES: (1) Arremate das seguiriyas. (2) Pessoas entendidas em cante flamenco.
CAFÉ CANTANTE: Local onde serviam bebidas e ofereciam recitais de cante, baile e guitarra. Durante seu apogeu, na segunda metade do secXIX, contribuiram para difundir a pratica profissional do flamenco.
CAÍDA: Final de um cante.
CAMPANILLEROS: Cante. Sua copla é de 6 versos. É um cante aflamencado que se originou de canções religiosas andalusas que eram entoadas no Rosário de la Aurora.
CANTAOR: Artista que canta flamenco.
CANTE: Utilizado como abreviação de “Cante Flamenco”, denomina o conjunto de composições musicais em diferentes estilos que surgiram entre o último terço do séc. XVIII e a primeira metade do séc.XIX, devido a justaposição de modos musicais e foclóricos existentes na Andaluzia.
CANTE CHICO: Expressão subjetiva que denomina os cantes menos solenes e mais apropriados para o baile.
CANTE FESTERO: Assim são chamados os estilos alegres e agitados, como as alegrias, as rumbas e os tangos.
CANTE GRANDE: Expressão subjetiva de denomina os estilos mais solenes do cante. Também pode significar um cante bem interpretado.
CANTE JONDO: Expressão subjetiva que denomina os cantes mais solenes, primitivos, profundos e com força expressiva. Sinônimo de cante puro.
CANTES DE IDA Y VUELTA: Expressão que designa o conjunto de estilos aflamencados procedentes do folclore hispano americano.
CANTIÑAS: Cantes próprios de Cádiz, de compasso misto, entre os quais se destacam: Caracoles, Mirabrás, Alegrias, Romeras e Cantiñas propriamente ditas.
CAÑA: Cante flamenco muito antigo.
CARACOLES: Cante flamenco do grupo das Cantiñas de Cádiz.
CARCELERAS: Cante do grupo das Tonäs. É interpretada sem guitarra (a palo seco). A copla é de quatro versos octossílabos.
CARTAGENERA: Cante flamenco do grupo dos Cantes de Levante, de execução livre.
CEJILLA: Peça que se fixa sobre o braço da guitarra para subir o tom.
COLOMBIANAS: Cante flamenco do grupo dos Cantes de Ida Y Vuelta.
COMPÁS: Medida de uma frase musical com sua acentuação correspondente.
COPLA: (1) Canção popular. (2) Estrofe de quatro versos octossílabos com rima assonante nos pares.
CUADRO FLAMENCO: Conjunto de interpretes de baile, cante e toque flamencos.

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DECIR: Cantar. Em especial cantar com um estilo peculiar, conferindo ao cante intensidade e comunicação plenas.
DESPLANTE: Baile. Golpes fortes dados contra o solo que se emprega como arremate de outros passos, correspondendo na guitarra aos rasgueios simples que vão ao final da melodia.
DUENDE: Encanto misterioso e inefável do cante. É uma expressão poética que dá nome à magia intrínseca do flamenco. Segundo alguns autores, há uma ligação entre o termo Duende e os ritos dionisíacos, onde se vivia uma espécie de transe coletivo.

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FALSETAS: Execuções com a guitarra para completar os espaços entre os tercios do cante.
FANDANGO: Cante flamenco procedente do folclore, com muitas formas e variações em toda Andaluzia.
FARRUCA: Cante de origem folclórico andaluza que se aflamencou. Alguns autores o consideram um dos Cantes de Ida Y Vuelta.
FLAMENCO: Termo com o qual se designa o conjunto de cantes e bailes formado pela fusão de certos elementos do orientalismo musical andaluz dentro dos peculiares modos expressivos gitanos. O Flamenco é uma manifestação cultural que se originou na Andaluzia, com uma existência de aproximadamente dois séculos. A origem do nome Flamenco em seu significado atual, que aparece documentado já ao final do séc. XVIII, está ainda sem resolver.

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GARROTÍN: Cante de origem folclórico andaluz que se aflamencou.
GITANOS: Povo nômade que chegou a Península Ibérica por volta do séc.XV.
GRANAÍNA: Cante flamenco. É o Fandango de Granada. De execução livre, é costume arremata-lo com a Media Granaína.
GUAJIRA: Cante flamenco com influência do folclore cubano, pertence ao grupo dos Cantes de Ida Y Vuelta.

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JABERA: Cante flamenco do grupo dos Cantes Abandolaos (Cantes de Málaga).
JALEAR: Ato de acompanhar e animar o baile, cante e guitarra com palmas e exclamações.
JONDO: Adjetivo que se aplica ao cante flamenco mais puro.
JUERGA: Festa ou reunião de aficionados e interpretes em um ambiente idôneo para a melhor manifestação do baile, cante e guitarra.

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LAÍNA: Tipo de voz fina do cante flamenco.
LIVIANAS: Cante flamenco do grupo das seguiriyas.

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MACHO: Estribilho de alguns cantes.
MALAGUEÑAS: Cante flamenco livre próprio da região de Málaga, expressão flamenca do Fandango com mesmo nome.
MARIANA Cante flamenco que se origina do aflamencamento de uma canção andaluza. Compasso semelhante ao dos Tientos.
MARTINETE: Cante flamenco do grupo das Tonas (a palo seco) que pode levar o acompanhamento de “ yunque y martillo” (bigorna e martelo).
MELISMA: Grupo de notas sucessivas cantadas sobre a mesma sílaba, como adorno ou floreio da voz.
MILONGAS: Cante flamenco de origem hispanoamericana, do grupo dos Cantes de Ida Y Vuelta.
MINERA: Cante. Com copla de cuatro ou cinco versos octossílabos, que provavelmente apareceram nos meados do séc.XIX. Pertence ao grupo dos Cantes de Levante e dentro dele, como seu nome indica, pertence aos chamados Cantes de las Minas, com uma modulação tão definida e marcada como a da Taranta. Sua vertente mais conhecida é das Minas de La Unión, em Murcia.
MIRABRÁS: Cante flamenco do grupo das Cantiñas de Cádiz.

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NATURAL: Uma classe de voz própria do cante flamenco. Voz de peito.

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ÓPERA FLAMENCA: Espetáculo flamenco de cante, baile, e guitarra que proliferou nos anos de1920 a 1936 por toda Espanha, organizado por empresários profissionais, e apresentado quase sempre em praças de toros e grandes teatros.

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PALMAS: Forma de acompanhar o cante. Existem vários tipos: abafada (sorda), dobrada (redoblás), natural.
PALO: Nome que recebe cada estilo de cante.
PALO SECO: Cantes sem o acompanhamento da guitarra.
PELLIZCO: Comoção que produzem determinados cantes ou bailes no ânimo das pessoas que os escutam ou presenciam.
PEÑAS FLAMENCAS: Entidades constituídas em forma de associação por aficionados pela arte flamenca, para a exaltação e difusão do cante, baile e toque flamencos. Tiveram seu apogeu a partir do início dos anos 60 em toda a Andaluzia, estendendo-se por toda Espanha e diversos países estrangeiros. Nas Peñas, a arte flamenca é o tema contínuo das reuniões e dos recitais, tanto de intérpretes consagrados como de novas promessas.
PETENERA: Cante flamenco, provavelmente oriundo de Paterna de La Rivera (Cádiz).
PLAYERAS: Nome antigo dos cantes por seguiriya.
POLO: Cante flamenco muito antigo, próximo da Caña.

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QUEJÍOS: Ayes (ais) que se executam no cante ao pricípio, meio e final.

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ROMANCE: Cante. Chamado também de corrido ou corrida, se originou de uma entonação especial dos romances populares andaluzes. É interpretado sem acompanhamento, e por isso é considerado por muitos o estilo mais primitivo do flamenco, de onde procederam as Tonás. Existe uma variante criada por Antonio Mairena ao compasso de Soleá por Bulerias.
ROMERA: Cante flamenco do grupo das Cantiñas de Cádiz.
RONDEÑA: Cante flamenco do grupo dos Cantes Abandolaos (Málaga).
RUMBAS: Cante aflamencado do grupo dos Cantes de Ida Y Vuelta.

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SAETA: Cante de origem religioso popular que se interpreta na Semana Santa durante as procissões.
SALÍA: Começo do cante.
SERRANAS: Cante flamenco do grupo das Seguiriyas.
SEVILLANAS: Cante e baile folclórico aflamencados de origem andaluza.
SEGUIRIYA: Cante flamenco, trágico e triste, que a princípios levava o nome de Playera.
SOLEARES: No singular, Soleá. Cante flamenco com compasso misto. Possui muitas variantes.
SON: Acompanhamento do cante ou baile mediante palmas, e ou castanholas, nudillos, golpes, etc.

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TABLAO: Cenário para atuação dos artistas.
TANGOS: Cante flamenco ao compasso de 4/4, rítmico e alegre que provavelmente teve sua origem nas Américas.
TANGUILLO: Tango de Carnaval ou Tango de Cádiz. Cante que os coros interpretam no carnaval. Compasso de 4/4.
TARANTAS: Cante flamenco flamenco do grupo dos Cantes de Levante ou de Las Minas. Execução livre.
TARANTOS: Cante flamenco que pertence ao grupo dos Cantes de Levante. Compasso 4/4.
TEMPLE: Cantiñeos que o cantaor utiliza para encontrar o tom que a guitarra lê da.
TEMPORERAS: Cante flamenco do tipo Laboral Campesino.
TERCIO: Cada um dos versos que constam em uma copla de cante.
TIENTOS: Cante. Com copla de 4 versos octossilabos, sguidos geralmente por um ou vários estribilhos de 3 versos, de medida uniforme. São conhecidos desde a metade deste século , atribuídos a Enrique el Mellizo e divulgados por Manuel Torre. Procede dos Tangos e tem o compasso igual a este, ainda que mais lento, solene e complicado.Emm Cádiz era chamado Tango Tiento, ou seja tango lento. Mais tarde em Sevilla, a expressão se reduziu a Tientos. É um cante bailável, com letras sentimentais e comovedoras.
TOCAOR: Guitarrista flamenco.
TONÁS: Cante flamenco sem guitarra, pertence ao grupo dos Martinetes, Deblas, Carceleras.
TOQUE: Ação e efeito de tocar a guitarra flamenca.
TRILLERAS: Cante flamenco de origem Andaluza, que se cantava nos trabalhos no campo. Também chamado Cantes de Trilha.

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VERDIALES: Cante flamenco aparentado com o folclore, pertence ao grupo dos Abandolaos.
VOZ AFILLÁ: Denominação que se aplica ao tipo de voz rouca, grave e rasgada, por alusão ao cantaor El Fillo, que segundo a tradição oral possuía este tipo de voz.
VOZ LAÍNA: Designa a voz de tom agudo, fino.

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ZAMBRA: Festa mourisca com música e algazarra. Posteriormente, festa dos gitanos andaluzes. Ainda hoje se cultiva a Zambra Granadina, nas Cuevas Del Sacromonte, formada por três bailes de Caracter Mínimo: la Alboreá, la Cachucha, e la Mosca, que simbolizam três momentos da boda gitana. Esta mímica, refletida na dança, pretende preservar uma antiga tradição do baile.
ZAPATEADO: Baile. Consiste em um baile sóbrio de grande presença flamenca, que surge a meados do séc. XIX. É uma combinação rítmica de sons executados com a planta, salto e ponta do pé, e é interpretado por homens. Quando dançado por mulheres, estas usam traje masculino. Atualmente o Zapateado flamenco se intercala na maioria dos estilos, tanto por homens como por mulheres, muitas vezes ficando a guitarra em silêncio, para ressurgir junto com os demais elementos de acompanhamento no momento de sua maior intensidade ou arremate.
 
 
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